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bebeprocurase

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1 mês de ti

Meu amor! Já faz um mês que te tenho nos braços! Avisaram-me que o tempo passava a correr. Mas ainda assim não estava preparada. Parece que tudo aconteceu ontem. Ainda nos estamos a adaptar um ao outro mas já há tanto amor.

 

Já cresceste dois centímetros, já engordaste mais de um quilo e a mãe continua sempre a achar que não comes o suficiente. Sempre com receio que fiques com fome. Já perdi a conta às fraldas trocadas, à roupa suja, aos planos furados, porque contigo nada pode ter hora marcada. Mas ainda assim, nunca fui tão feliz. O teu doce olhar, faz esquecer todos os momentos menos bons que juntos vamos ultrapassando.

 

Amo-te muito filho! Muitos parabéns!

1 Mês

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Oh mãe! O bebé deve estar com fome!

Oh mãe! Só aqui começa o meu desatino, mas disto falo-vos noutro dia... Desde quE o meu filho nasceu que os palpites, conselhos e dicas não solicitados têm povoado o meu dia a dia. Toda a gente acha que só porque teve um filho, um sobrinho ou uma criança de um amigo de um amigo, que tiraram um doutoramento infantil e como tal estão sempre a lembrar-nos o quão incompetentes somos nós: recem mamãs e ainda por cima de primeira viagem. Cada vez que o meu filho chora, ou choraminga, ou faz um som qualquer, lá vem o tom acusatório: "Oh mãe! O bebé deve estar com fome!" Eu eu reviro os olhos e digo que não que acabou de comer e que só está a fazer barulhentos e que ainda não está na hora... "Então é a fralda?! Já viu a fralda?!" E eu simmm, está limpa. Ou então tem frio, ou tem calor... Em fim, a criança está sempre mal porque somos umas incompetentes e não sabemos dar aos nossos filhos aquilo que eles necessitam. Mas depressa aprendemos que o universo conspira contra nós e que os nossos filhos, que carregámos heroicamente durante 9 meses, depressa se juntam à maioria e nos fazem passar por mentirosas. E no meio disto tudo, quando dizemos que eles já comeram, e que estamos a levar com o tom acusatório, eles resolvem comer...e muito... E depois lá vem: "poooiiiissss eu bem me parecia que o menino tinha fominha!" Lolololol Ser mãe não é fácil e isto ainda está no início.

De volta

Ano novo, blog com cara nova a condizer com os novos temas que irão ser abordados.

Como é do vosso conhecimento, a maternidade já chegou até à minha pessoa e, inevitavElmente, alguns temas irão ser diferentes. Mas isto não quer dizer que tenha esquecido o propósito inicial deste blog. Pelo contrário. A infertilidade fez parte da minha vida e fez-me crescer enquanto pessoa. E se eu puder continuar a ajudar quem está a atravessar esse caminho árduo, cá estarei. 

Mas irei também partilhar as minhas dúvidas, incertezas, pancadas, devaneios e conquistas que o puerpério me trouxe. Falando em puerpério, acho que só este palavrão merece um post. Lololol mas isso fica para outro dia.

um novo capitulo da minha vida

Sim, tenho sido uma desnaturada. Não tenho publicado nada, mas a vida agora corre a outro ritmo. Por norma, temos tendência a escrever quando estamos em baixo. Neste momento, sinto-me feliz. Equilibrada comigo própria e talvez, por isso, a necessidade de escrever e desabafar não seja tão forte. Mas ainda assim, sinto a necessidade de registar também o que agora se tem passado comigo.

 

Hoje faço 19 semanas! Bem me diziam que passava correr e eu não acreditava... Felizmente, tenho tido, até agora, uma gravidez fantástica. Poucos enjoos, e continuo a mexer-me e a fazer a minha vida normal. Na verdade, se não fosse a barriga, nem sentia que estava grávida. O meu menino está óptimo e tem desenvolvido muito bem. Espero que tudo continue assim até ao fim. Espero que a minha quota de sofrimento já tenha sido paga.

 

Ainda recordo os momentos de luta para alcançar este milagre e todos os dias de manhã quando acordo e me lembro que estou gravida, agarro a minha barriga e sorrio. Todos os dias agradeço este milagre. Agora estou a começar  a sentir o meu Rafael. Pelo menos acho que sim. ainda me é difícil dizer com certeza se é ou não. Mas gosto de pensar que sim. Descobri que toda a gente agora acha que pode dar palpites. :D Todos ficam genuinamente felizes por saber que estou grávida, mas não me livrei dos comentários tolos e ingénuos: "até que em fim que se decidiram"... Ainda me magoam, pois só eu sei o que lutei para aqui chegar, mas tenho o meu raio de sol a iluminar-me agora e nada apagará esta luz que tenho dentro de mim.

 

Espero estar à altura deste grande desafio. costumo dizer que queria muito ter um filho. Agora tenho a certeza que quero ser mãe. :D

E hoje foi o dia :D

Hoje, enquanto lá fora chovia e fazia trovoada, o sol brilhou. Brilhou muito e só para mim.

Descobri hoje que contra tudo o que o faria prever, o meu milagre aconteceu. Estou grávida.

Ainda nem acredito bem, mas depois de um teste de farmácia positivissimo e de um Bhcg 55400, não restam dúvidas. Estou mesmo grávida! Quando ensamos que os milagres só a contecem aos outros, heis que smos bafejados pela sorte. Não cabo em mim de contente. apetece-me gritar ao mundo. Mas por outro lao queo manter este segredo só para mim. Quero sorrir sozinha sempre que tocar a minha barriga. Queo saber que só eu sei que ele/ela está lá. Apartor do momento em que o mundo souber, a minha barriga vai deixar de ser só minha e todos vão querer tocar. :D

 

Sei que tudo vai correr bem. Sinto-o no meu coração. Sei que a tormenta passou, mas só quero que chegue o dia da consulta para ficar descansada. Todo um mundo novo que não me atrevia  explorar está à minha porta. Até tenho medo de avançar  dar o primeiro passo. Mas vou faze-lo determinada. Juntos, eu e tu meu/minha filho/a vamos nos encontrar no fim desta viagem que durará 9 meses. Amo-te muito! És o sol quevirá iluminar as nossas vidas. 

Lições de Vida

27/03/2016

Acho que já fiz um post sobre isto, mas hoje apetece-me falar sobre isto de novo.

Ah! Mas antes, deixem-me desejar-vos uma Páscoa Feliz!

Já todos ouvimos frases como: “tudo na vida tem o momento certo”, ou “não tinha que acontecer” ou ainda “quando tiver que acontecer acontece”. Não querendo acreditar na fatalidade do destino, a verdade é que a vida me tem ensinado que determinados acontecimentos num dado tempo na nossa vida, levam-nos a outros no nosso presente. Escolhas passadas, influenciam o nosso futuro.

Desde sempre senti esta minha dificuldade em engravidar como um processo de aprendizagem. De autoconhecimento. E a verdade é que todo este processo me tem ensinado grandes lições de vida. Passei do porque é que todos conseguem menos eu, para o eu não mereço ser mãe e ainda invejando terrivelmente a sorte dos outros (ignorando por completo a sua história de vida). Muitas vezes me recriminei por esse sentimento de inveja que me assolava sempre que descobria que alguém engravidava. Mas por muito que a minha consciência me gritasse que estava errada e que aquilo que sentia era muito feio, o coração doía demasiado.

A distância entre o meu último tratamento Abril/Maio de 2015 e a perspectiva de um novo tratamento apenas em Agosto/Setembro de 2016, fizeram-me libertar a minha mente de todo este turbilhão de emoções. Fizeram-me passar a pensar noutras coisas. E entretanto descobri que consigo ficar verdadeiramente feliz quando sei que alguém conseguiu engravidar. Sem dar por isso, finalmente, “larguei o copo” e aprendi aquilo que acredito ser a minha última lição. Aquilo que me faltava para a minha tranquilidade.

Deixei de controlar períodos, temperaturas, ovulações… Esqueçam! Tudo isso só serve para nos deixar ansiosas. Passei a desfrutar do sexo por ele próprio e não com um objectivo em mente.

Paz de espírito, ou resignação, chamem-lhe o que quiserem mas sempre com a certeza que o meu dia chegará e não vejo a hora de vos vir contar.

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V - Não te esqueci

Minha querida estrelinha!

 

Não me esqueci de ti. Apesar de todo este silêncio, acredita que continuas a ser o meu objectivo principal. E não vejo a hora de te saber dentro de mim. Continuo com as mesmas dúvidas, os mesmos receios, os mesmos anseios.

Mas 2016 começou como um turbilhão. O trabalho tem exigido muito de mim e começo a questionar se tanto esforço laboral não será em vão. Tenho a mania de querer agaradar a todos, mas depois nem um obrigado recebo e isso magoa. Tenho a consciência tranquila que dei o meu melhor e que o agradecimento a vida encarregar-se-á de dar, mas dói.

E depois sinto que a vida me está a passar ao lado e o meu objectivo de te ter nos meus braços também. O cansaço é tanto que acaba por ser um turbilhão de emoções que, não raras vezes, termina em falta de paciência e irritabilidade com as quais o teu papá ajuda a contribuir com a sua maneira desajeitada e falta de "visão de jogo" tipica de menino.

Minha estrelinha! Se fores menino, vou ensinar-te que quando perguntares a uma mulher o que se passa e ela te disser um redondo NADA. Não acredites! Abraça-a! Às vezes é só o que é preciso. Nunca vires as costas. Vais perceber que as mulheres foram ensinadas a viver nas entrelinhas e é preciso saber observa-las para saber o que realmente lhes vai na alma.  

 

Em fim! Isto para dizer que com a graça do Espirito Santo, infelizmente, não chegarás; e creio que estamos demasiado agarrados à perspectiva dos tratamentos para te ter e estamos a descurar as tentativas por vias normais. Não está certo!

Cada ciclo que passa sinto que é uma oportunidade perdida...

Mas talvez seja a hora de parar de me lamentar e começar a fazer algo!

Beijinho grande e com amor da mamã

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2015 chegou ao fim. Que venha 2016

É suposto no fim do ano fazermos uma reflexão. A verdade é que 2015 em retrospectiva, não me foi um ano muito generoso. Aliás, recordo-o com dor, desilusão, lágrimas, fúria, desalento, tristeza, frustração... As coisas não correram como eu esperava... Há um ano atrás estava cheia de esperança com as injecções guardadas no firgorifico e esperando ansiosamente pelo inicio do tratamento que me ajudaria a ter um filho/a. As coisas não correram como esperava. Cresci muito, tornei-me mais paciente, mas também mais dura. As coisas não têm sido fáceis. Mas por outro lado, todo este processo trouxe-me coisas boas. Conheci gente maravilhosa. Gente que, como eu, tem partilhado o caminho desta longa batalha. umas com sucesso, outras ainda em busca. Mas juntas temos superado cada etapa. Quando uma tropeça e cai, a outra levanta-a e assim tudo é mais simples.

Aprendi que um silêncio e um abraço ou uma mão no ombro podem ser mais reconfortantes do que uma tentativa falhada de palavras de conforto.

Aprendi que, muitas vezes, a familia não é a de sangue, mas aqules com que patilhamos a nossa vida. Aqueles que nos querem muito e com os quais realmente nos importamos.

Fiz a viagem da minha vida - México - impossivel não nos apaixonarmos pelo clima, as pessoas, a cultura, a comida e a Tequila. Vim cheia de esperança que algum milagr acontecesse. Ainda não aconteceu. Mais vai acontecer!

Surgiram algumas propostas interessantes de trabalho. Parece que 2016 vai ser um ano de crescimento  desenvolvimento. Espero estar á altura daquilo que me é proposto e acima de tudo que os desafios me surpreendam pela positiva.

Conheci gente fantástica. Pessoas com as quais falei apenas durante algumas horas, mas que, inexplicavelmente, ficaram guardadas no meu coração. e talvez não volte a vê-las; mas fizeram a diferença naquele bocadinho.

Um sorriso! Ah um sorriso! se as pessoas soubessem o efeito que tem umas nas outras sorririam muito mais. :)

 

2015 teve coisas fantásticas, mas apenas me consigo focar nas minhas duas derrotas. Dois tratamentos falhados. Não consigo focar-me noutra coisa. continuo a dizer  mim própria para "largar o copo". Mas não consigo. Continuo a insistir numa especie de auto-comiseração.

 

Mas 2016 vai ser um ano excelente. A perspectiva de um ano inteirinho sem saber o que vai acontecer. Um livro em branco...

 

 

Esperar e desesperar…

Este post foi escrito a 04/12/2015, mas só agora o consegui publicar. a ordem cronologica fica meio desordenada, mas é mais ou menos assim que as coisas vão na minha cabeça.

 

Esta espera dá comigo em doida. Esta sensação de não estar a fazer nada, de estar parada à espera do resultado de um exame que tem data prevista para Fevereiro ou, na pior das hipóteses, Abril. Estou a falar-vos do Cariótipo de sangue. Aquele malfadado exame que me vai dizer a minha apetência genética para todo o tipo e mais algum de doenças. Só espero que a bagagem não seja grande.

Mas e, de repente, já estamos no fim do ano. De repente, faz um ano que fiz o meu primeiro tratamento. De repente, faz um ano que depositei todas as esperanças num procedimento que falhou. No segundo tive mais cautela. Mantive o optimismo mas salvaguardando a hipótese de não acontecer de novo. E, realmente, doeu menos… ou doeu de forma diferente. Tenho medo de que com isto não consiga acreditar e por isso as coisas não aconteçam… Dizem que pensamento positivo é meio caminho andado mas o meu está minado com duas histórias tristes que agora só temo que se venham mais a juntar-se-lhes.

Esta espera sem fazer nada no sentido de conseguir uma gravidez e um filho fazem-me sentir impotente, como se estivesse a desperdiçar oportunidades preciosas para almejar o meu objectivo. Mas que sentido faz avançar com um novo tratamento sem o resultado dos exames? Não faz…  E, por isso mesmo, só me resta esperar…

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Infertilidade – uma lição de vida

 Hoje estava a assistir a um vídeo da Flávia Calina (muitas de vocês já se devem ter cruzado com os seus vídeos onde ela fala de toda a sua história) e ela falou uma coisa que me deixou a matutar no assunto. Já várias vezes ouvi dizer que deus não dá cruzes maiores do que aquela que nós podemos carregar. Não sou muito do tipo de acreditar em deus, mas acredito que tudo na vida tem um propósito e não acontece por acaso. Ainda que a Flávia tenha atribuído o seu atribulado percurso de 7 anos para tentar engravidar como uma lição divina (não falando de castigo, mas sim como um processo de aprendizagem), não consigo parar de me rever nas suas palavras. Na verdade, todo este processo, apesar de doloroso tem-me trazido coisas boas. Conheci gente maravilhosa, reencontrei-me e reencontrei o meu marido. Damos valor agora a pequenas coisas que não dávamos anteriormente e acho que isso nos irá ajudar enquanto futuros pais. Aprendemos que um beijo, um gesto, um carinho, valem mais do que todas as palavras e aprendemos a desejar muito uma coisa em conjunto. Com este processo aprendemos a dar mais de nós, a colocar o outro em primeiro lugar, a amar. Aprendemos que num abraço cabe um diálogo profundo de longas horas sem dizer uma única palavra.

Apesar de eu compreender o lado “bom” deste processo, apesar de eu compreender o quanto ele me tem feito crescer, esta espera continua a doer. Os testemunhos com finais felizes dão- me alento por um lado, mas fazem-me questionar quando chegará a minha vez. Admito! Sinto inveja! Sinto-me triste. Porquê elas e não eu. Pergunto-me se é essa a lição que ainda tenho de aprender para que possa chegar a minha vez. Tudo me parece tão distante…

Imaginei este Natal bem diferente. Imaginei que já teria o meu filho(a) nos braços. Olho para a minha árvore de Natal e penso como está vazia. Vazia de sentimento, vazia das prendas que lá deveriam estar… Sonho se será para o ano que ela estará diferente. Espero que sim.

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